QUEBRA-MOLA IRREGULAR NA SAÍDA DE TEÓFILO OTONI
PARA NANUQUE, MAIS PROVOCA ACIDENTES DO QUE PREVINE.
Publicado em 22 de agosto, às 09h05min, do VOX
Não tem muito tempo, em redes sociais e em vários segmentos da mídia teofilo-otonense, o assunto quebra-molas foi amplamente debatido. Na oportunidade, discutiu-se, sobretudo, a desenfreada colocação desses instrumentos de retenção de velocidade veicular pelos quatro cantos da cidade.
Uma outra questão, não menos importante inserida no debate, aludiu sobre às especificações técnicas dos quebra-molas, especialmente quanto às medidas de comprimento e altura. A maioria deles, apenas com uma olhadela, tem-se a percepção que foi construída em pleno desacordo com o que dita a Resolução nº 39/98, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)
Por isso, muitas dessas ondulações transversais, como tecnicamente são denominadas, ao contrário de uma decantada prevenção, colaboram, sim e significativamente, com muitos acidentes, alguns até mesmo com o registro de óbitos. Uma pequena regressão no tempo traz à evidência que, no mínimo, três pessoas perderam as suas vidas nos últimos anos em Teófilo Otoni, por conta, justamente, das irregularidades verificadas nesses instrumentos.
Essa situação de periculosidade em que às vezes são transformados, chama à atenção, especialmente, o quebra-molas construído um pouco acima do Motel Star, na BR 418, saída para Nanuque. Naquele local, a Polícia Rodoviária Estadual já registrou um expressivo número de acidentes, a maioria caracterizada por colisões traseiras. Com esta constatação, para qualquer leigo um pouco mais atento, não seria tarefa difícil se saber quais foram os principais fatores indutores dos acidentes.

Sabido por muitos, o local é compreendido por um longo trecho de serra (da farinha), usado, intensamente, nos períodos de férias escolares e de longos feriados por pessoas de outras cidades e estados. Em face da falta de sinalização que alerte aos usuários quanto à existência de quebra-molas à frente, os motoristas, ao final

Foto ilustrativa
da descida, ao depararem de forma inesperada com a ondulação, freiam abruptamente o veículo, e se outro vier logo atrás, a colisão traseira é sempre um risco em potencial, e, às vezes real, como se tem registrado em inúmeras ocorrências relatadas pela Polícia Rodoviária.
Não se discute, entretanto, a existência de quebra-molas naquele local, o que, aliás, se tem como necessário, mas, tão somente a falta da mínima sinalização estatigráfica vertical e horizontal. Por se tratar de um acentuado trecho em declive na chegada da cidade, com seus inúmeros perigos, seria conveniente que os órgãos detentores de responsabilidade extrapolassem nas medidas preventivas, como por exemplo, colocação de um excedente de placas e iluminação, aliadas à construção de sonorizadores.
Enquanto as suscitadas medidas não acontecerem, decerto os acidentes vão ter continuidade, com prejuízos de toda ordem, e os responsáveis primeiros, que são as autoridades de trânsito, ficarão somente registrando os sinistros em Boletins de Ocorrência e alimentando as suas estatísticas, para soltá-las à imprensa nos momentos de melhor conveniência, como se os motoristas fossem os únicos culpados pelos reiterados acidentes que ali ocorrem.